terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tecnologia assistiva


Relatório das atividades do aluno usando Tecnologia Assistiva 

Professor: SARA MELQUIADES  DE SANTANA
 A. Aluno: Carina Mendes
1)    Perfil do aluno: quem é; tipo de necessidade especial; nível de escolaridade; dificuldades e/ou facilidades;
Aparentemente normal, A Carina tem 12anos, cor branca,  3º ano do ensino fundamental, problemas visuais,  realizava as atividades oralmente. 
2. Descrição da atividade planejada pelo professor (proposta, intenção, dinâmica...)
Ele estudava numa sala normal, como eu não era a professora dela pedi para realizar a atividade por uma hora no uso do computador, usei o programa dosvox para ver como ela se comportaria, pois era a primeira vez que sentava no computador.

3. Tecnologia Assistiva escolhida

 

Programa dosvox

B. Reflexão sobre a experiência:
1. Dúvidas, facilidades e dificuldades no manuseio da tecnologia por parte do aluno.
A  aluna a principio ficou por alguns minuto ouvindo,sugeria as letra para escrever, no entanto, não sabia onde ficava, pois não tinha habilidade com computador.
2. Análise da produção do aluno: (qualidade do trabalho; estratégias, raciocínios, conceitos  envolvidos...)
Olha ainda foi pouco   fui pegado a Mão dela e colocando na letra desejada e ouvindo foi escrevendo a frase. E o nome dela.

3. Conclusões: (pertinência da atividade, considerações e comentários adicionais, etc. )
Na escola não temos pessoas que fazem esse tipo de atividade, a professora de informática não tem esse preparo, eu acredito que se trabalhar mais vezes com essa aluna iria ter bom resultado, pois ela demonstrou interesse positivo no uso da ferramenta.

atividade sobre o programa dasher


 Programa dasher

Ao ler o tutorias   descobrir nova estratégia para operar o programa dasher, nesse estudo descobri  que o um software  que pode ser utilizado sem usar o teclado. Nesse  estudo  pude descobrir a existência  desse software que possibilita as pessoas com  deficiência especiais  a utilizar o teclado para conduzir seu texto.
                Na tentativa de escrever, como da primeira vez obtive dificuldade  porque estava ainda movimentando o mouse com rapidez, mais como fiz varias vez , logo peguei  o jeito do mouse, movimentei  mais lento,  posso afirmar que encontrei dificuldade no inicio, mas consegui escrever alguma palavra.
                 É um programa valioso, que pode ajudar as pessoas  a ter autonomia   de exercitar  e produzir se próprio texto, foi através do vídeo que observei como a importância desse software pode ser de grande importância, não posso afirmar se ainda é experimental ou seja  ate no momento não conhecia ou ainda já são usados por diversas pessoas, mas e um caminhão para outras  inovações que facilitem a vida das pessoas; Creio que as pessoas que tem a dificuldade  de coordenação motora dos dedos, possa somente movimentar o mouse para escrever, isso pode ser um treino ou seja um desafio para a pessoa. 

informatica de educação especial

XX Congresso Nacional da APAEs
Palestra -
Avanços Tecnológicos na Educação Especial
Autor – Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade


 
Resumo:
As Tecnologias da Informação e da Comunicação são indiscutivelmente hoje um tema urgente e palpitante para todos os cidadãos brasileiros. Mais ainda se torna uma questão de possibilidades e novos caminhos para a Educação, e, dentro desta, uma crescente e necessária utilização de suas ferramentas no processo educacional de pessoas com deficiências.
Apresento minhas perplexidades e dúvidas, além de minha reconhecida apologia do uso e aplicação de novas tecnologias da comunicação e da informação no campo da Educação Especial, principalmente no meu desejo de transformação da Exclusão Social e Digital a que todos os cidadãos estão ainda submetidos em nosso País.
Há que difundir o seu uso ético e científico, bem como sua socialização ampliada, desmitificando o uso de ferramentas sofisticadas e caras, buscando soluções que possibilitem a sua efetiva implementação nos diversos e diferentes contextos das escolas brasileiras.
Acredito e tento fazer crer que, no processo transformador, chamado de inclusivo, do acesso às informações e ao conhecimento através do uso de computadores e de suas redes de comunicação, há uma urgente necessidade de sua democratização de acesso e uso, correndo-se o risco de acentuar e não remover as divisões e barreiras entre os que podem e os que não podem usufruir destas ferramentas tecnológicas atuais. Temos de combater a info-exclusão e a criação dos sem-computador ou sem-internet, os que estão conectados e os desconectados, os que chateiam e os chateados por não poderem bater papo com o Mundo.
As chamadas inovações e avanços no campo das tecnologias têm surpreendido a humanidade, muitas vezes criando mitos e explorações, porém no campo das deficiências e na vida cotidiana dos deficientes, e em especial dos cidadãos com Paralisias Cerebrais (que chamamos de DEF – Distúrbio de Eficiência Física ), o que estamos assistindo e participando é um processo criativo de produção de novos meios, técnicas e instrumentos que, quando eticamente utilizados, irão favorecer os processos de aprendizagem, profissionalização, autonomia e de inclusão social destes cidadãos.
Palavras-chaves: Novas Tecnologias, Inclusão Social, Universal Design, Educação Especial, Informática aplicada à Educação Especial, Acessibilidade, Inclusão Digital, Exclusão Social, Internet, Tecnologias Assistivas ou Auxiliares, Comunicação Aumentativa e Alternativa ou Suplementar, Era Digital.


Introdução:
A palavra "tecnologia" encontra-se hoje com a mesma difusão de outrora das palavras "democracia e liberdade". O homem chamado moderno não pode se desprender destes significados e significantes tão próximos, embora ainda com uma certa dose de utopia na sua realização. O homem moderno da sua busca de "tempo livre" e de uma outra forma de relação com o social vem tentando inventar "tecnologias". Estas tecnologias tem tido um crescimento que ultrapassa o que o senso comum a denomina, ou seja "as máquinas", e mais simplesmente os "computadores". As novas tecnologias já ultrapassam o campo do visível e das ferramentas, são também meios e métodos de intervenção na vida de todos nós.
Nosso mundo tem as transformado em "anjos ou demônios", buscando no maniqueísmo uma defesa diante de sua irrefreável vontade de crescimento e expansão sem limites. Não creio em modelos tecnofóbicos ou tecnofílicos. As novas tecnologias de transformação da Sociedade da Informação , como diz o acadêmico brasileiro Christiano German, radicado na Alemanha: - " Um dos poucos conhecimentos garantidos no debate multisetorial a respeito do impacto das modernas tecnologias da informação e comunicação sobre a política, a economia e a sociedade, tanto nos países industrializados quanto nos países em desenvolvimento, é que apenas as nações que detêm acesso a essas tecnologias e que sabem captar oportunidades por elas proporcionadas estão preparadas para os desafios do século XXI...."
Estas considerações são um aviso aos navegantes para que não se iludam sobre nossa realidade de Exclusão Social e Digital. Ainda temos um número pequeno de internautas (usuários de Internet) e de distribuição das ferramentas para os passeios e bate-papos cibernéticos (computadores, linhas telefônicas, eletricidade, etc...) para nosso País continental, multifacetado, ainda submetido às agruras de misérias humanas, sociais e políticas, e todas as suas conseqüências. Até mesmo o Governo Federal reconhece que: " a Inclusão Digital é gerar igualdade de oportunidades na Sociedade da Informação: a partir da constatação de que o acesso aos modernos meios de comunicação, especialmente a Internet, geram para o cidadão um diferencial no aprendizado e na capacidade de ascensão financeira e com a percepção de que muitos brasileiros não teriam condições de adquirir equipamentos e serviços para gerar este acesso..." Assim indica o documento enviado para o convite à participação da Oficina para a Inclusão Digital (www.inclusaodigital.org.br), promovida pela Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da República, entre 14 e 16 de maio de 2001, em Brasília, DF.
As tecnologias são, no campo da Educação, de uso muito antigo, muito embora não estejamos reconhecendo um "quadro-negro" como uma ferramenta tecnológica, ou mesmo um pedaço de giz, mas podemos dizer que os homens vem inventando e recriando aparelhos, ferramentas, técnicas e tecnologias instrumentais, mas também vem aperfeiçoando as chamadas tecnologias simbólicas, como a linguagem, a escrita, as representações simbólicas e icônicas, etc..., assim fazendo uso destas tecnologias nos processos de organização do trabalho, das relações humanas e, mais modernamente, das técnicas de mercado. Assim fomos perdendo sua origem grega de geração de arte, seu sentido e sua finalidade, como existira uma "techne" do ensino, uma arte de educar, uma arte com um sentido crítico, onde se perguntava permanentemente para quê ?
No campo da Educação Especial quando falamos de ‘inovações’ estamos apenas apontando o que de ferramentas visíveis estão em uso junto ao educando com necessidades especiais. Não nos apercebemos de todos os outros aparatos tecnológicos em produção permanente e se instituindo na relação professor-aluno. Venho apontando que é nesta relação que os encontros e desencontros principais estarão ocorrendo com a implantação, por exemplo, de computadores nas escolas. Já sugeri a implantação de processos de formação conjunta de professores do ensino regular e especial com os próprios alunos com e sem deficiências, buscando sua aproximação e confronto em ato, trabalhando juntos nas mesmas máquinas, aparatos e ambientes educacionais. Estes estariam na tarefa de serem experimentadores de uma busca de multiplicação com o aprendizado em salas adaptadas, como as que o PROINFO ou PROINESP, estão implantando em todo Brasil. Estes processos implicariam numa entrada para dentro das salas de aula, saindo dos espaços fechados e segregados criados como espaço de experiências destes projetos. Teriam eles ainda um caráter mais público do que privado, indo em busca de seu maior e melhor espaço de germinação: as escolas públicas regulares, do ensino fundamental à universidade. Neste sentido a criação de políticas públicas e de aplicação de recursos maiores neste campo são fundamentais.

Usando Tecnologias para a transposição dos limites:
Meu amigo, Ronaldo Correa Jr., de Recife, autor e autodidata do site Dedos dos Pés, já afirmou: "a Internet é o único espaço em que a minha normalidade é evidente. Lá eu posso ser eu mesmo, independentemente do que meu corpo é capaz de fazer. Ter acesso ao mundo todo pela tela do computador melhorou muitíssimo minha qualidade de vida...". Este homem com Paralisia Cerebral, quadriplegia com espasticidade, se comunica com todos dentro da Internet, digitando com os dedos dos pés, e vem "estudando" diversas matérias, como Economia, tornando-se um dos mais respeitados webmasters com deficiência. Ronaldo não pode concluir o chamado segundo grau, não viram nele, um deficiente físico "grave", sem sua prancha de comunicação de madeira, com o alfabeto escrito como no filme GABY (Um História Verdadeira), que lhe inspirou usar os pés para esta forma alternativa de conexão e linguagem não-verbal, as possibilidades mas sim as suas limitações físicas. Conheça-o acessando seu site em: www.truenet.com.br/ronaldo .
Muitos ainda são os deficientes, como Ronaldo, que espalhados pelo Brasil estão ou foram excluídos da escola (segundo dados publicados na Folha de São Paulo, 1998, seriam mais de 6 milhões de brasileiros e brasileiras), pelo simples fato de que o processo educacional especial ainda engatinha no uso de recursos tecnológicos, do mais simples (como as pranchas de comunicação) aos mais sofisticados (sintetizadores de fala) para estes cidadãos também possam participar do direito à Educação. Nesta perspectiva os educadores, mais ainda os que estão na Educação Especial, vistos aí como multiplicadores, necessitam de um processo de capacitação e formação no uso e difusão destes recursos, com a consciência de que estes educandos com necessidades especiais precisam de um atendimento multiprofissional, que vai dos engenheiros, analistas de sistemas, educadores, fonoaudiólogos, neurocientistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, neurologistas, neuropsicólogos, fisiatras e biomecânicos até os familiares da pessoa com deficiência. Lembrando sempre que nem sempre os aparatos mais sofisticados serão a melhor e mais eficiente solução de quaisquer deficiências, mas que seu uso cientificamente avaliado e discutido, coletivamente, poderá modificar a história de vida de um ser humano.
No movimento de mudanças, principalmente nas políticas públicas e nas legislações (como a LDB), imprimindo um novo caminho para a Educação Especial, embora ainda com poucas experiências no campo inclusivo, há um processo lento, porém persistente, de introdução de novas tecnologias nas escolas. Assim como a palavra tecnologia e seu exaustivo uso em todas as mídias, assistimos também uma hiperutilização da palavra INCLUSÃO. Temos uma inevitável e atual mudança de paradigmas, com resistências na mudança de mentalidades, tarefa a ser realizada com participação de todos os segmentos chamados de minorias neste País.
Sabemos que uma ampla utilização de novas tecnologias poderá facilitar o processo de inclusão de crianças e jovens com deficiência, principalmente aqueles considerados mais "difíceis", os deficientes múltiplos, autistas, surdos e com enfermidades graves. Para tanto faz se necessária a demolição e transposição de algumas barreiras e processos invisíveis que favorecem a ignorância, o preconceito, a segregação e o isolamento destes deficientes.
Todos sabemos que estes deficientes têm direito à Educação, para além de discursos oficiais ou institucionais, mas ainda de uma educação que respeite as suas singularidades e particularidades.
Para que tenhamos uma possível inclusão de crianças consideradas "casos difíceis", além de um experiente aprimoramento da capacitação dos professores e das escolas, poderíamos iniciar a difusão de recursos tecnológicos que os profissionais da educação e todo pessoal implicado nesta busca da educação com qualidade podem utilizar. Mencionarei apenas alguns dos mais importantes:
  • Computadores (conectados à Internet)
  • Sintetizadores de Fala
  • Impressoras Braille
  • Teclados ampliados e adaptados (com colméias/ protetor de teclado)
  • Mouses adaptados ou modificados
  • Sinalizadores de tela
  • Dicionários de gestos e LIBRAS
  • Aplicativos (editores de desenho e de texto ou desenho)
  • Telas sensíveis ao toque
  • Comutadores ou Switch (ou botões sensíveis ao toque)
  • Apontadores de cabeça (capacetes com ponteiros para tela)
  • Softwares de comunicação
  • LM Brain e IMAGO ANA VOX (programas de auxílio à comunicação de pessoas com deficiência motora grave, criados na UNICAMP e USP)
  • DOSVOX (Programa na UFRJ desenvolvido para leitura e edição de textos)
  • Virtual Vision (leitor de telas para deficientes visuais)
  • Via Voice (programa da IBM que permite controlar e acessar o computador com a voz)
Para que todos estes recursos tecnológicos sejam disponibilizados há que ampliar a sua difusão e conhecimento, para não cairmos em uma possível reserva de mercado, ou numa circulação restrita de seus benefícios. Sugiro uma permanente e intensa troca de informações e de dados entre os criadores e usuários destes recursos, bem como faz-se urgente uma real destinação de recursos financeiros para pesquisas, principalmente nas Universidades públicas, donde poderão surgir outras e magníficas soluções tecnológicas para pessoas com deficiência. Uma das principais fontes de informações sobre estes recursos ainda está restrita a apenas 5% de nossa população mundial, ou seja a INTERNET, onde temos empreendido uma incessante difusão, através do site do DEFNET, Centro de Informática e Informações sobre Paralisias Cerebrais, (www.defnet.org.br), com links para a maior parte dos recursos de informática e acessibilidade na Web, tanto nacionais como internacionais. Neste sentido será de grande valia um processo real de Inclusão Digital dentro das escolas, com entrada ativa dos computadores e do uso da Internet pelos alunos e professores.
Como indaguei em nosso Boletim eletrônico, o InfoAtivo, que vem circulando cada vez mais no ciberespaço: " Inclusão Digital , a hora e a vez do Ciberespaço – Seriam a Internet e o Ciberespaço novas áreas onde a Sociedade da Informação estariam propiciando uma maior transversalidade, conectividade e hipertextualidade, como um passo em direção às chamadas Tecnologias da Inteligência, indo além das ecologias humanas na direção das ecologias cognitivas? Ou na direção de criação de uma nova condição de cidadãos: os info-excluídos, os sem-computador, os sem-net ? " (maio-junho de 2001).
Segundo o Livro Verde da Sociedade da Informação (www.socinfo.org.br), um iniciativa governamental de produzir um documento para nortear o futuro do uso e implantação de tecnologias digitais no Brasil, há algumas possíveis ações governamentais a realizar:
  • Aumentar drasticamente o número de pessoas com acesso direto e indireto à Internet no Brasil (atingir a meta de 36 milhões no ano 2003)
  • Popularizar o acesso à Internet em todo País (disponibilizando pontos de acesso – quiosques em cidades com mais de 50 mil habitantes)
  • Produzir e disponibilizar hardware e software de baixo custo
  • Promover a implantação de serviços de acesso público (em 2000 bibliotecas públicas e em 5500 centros comunitários)
  • Finalmente oferecer mecanismos de aprendizagem em informática e treinamento no uso da Internet em larga escala.
Teremos portanto uma possibilidade enorme de sustentação de um plano nacional de universalização do acesso à Internet, com participação ativa da sociedade organizada e das instituições implicadas com a responsabilidade social no novo milênio. Porém todos estes esforços precisam ser acompanhados de algumas normatizações sobre o que se chama hoje de "acessibilidade na Web", que tem em alguns países (Portugal e Espanha, por exemplo) ajudado e facilitado o uso da Internet por pessoas com deficiência, já que os sites são previamente construídos e desenhados para permitir e facilitar o acesso por qualquer tipo ou condição de usuário. Cabe aí a busca do conceito de UNIVERSAL DESIGN, onde teremos a busca, quase filosófica, de um ideal de pensar e refletir todas as mídias, meios e tecnologias no respeito à diversidade humana, buscando um uso coletivo e universalizante de todos os recursos para acesso à informação e o conhecimento. Segundo Lévy: "a inteligência coletiva só tem início com a cultura e cresce com ela... Num coletivo inteligente, a comunidade assume como objetivo a negociação permanente da ordem estabelecida, de sua linguagem, do papel de cada um, o discernimento e a definição de seus objetos, a reinterpretação de sua memória...." . Nestes coletivos da modernidade virtual, a exemplo dos fóruns de discussão e dos chats (bate-papos eletrônicos), via Internet, os sujeitos passarão a uma busca incansável de não discriminação e não criação de castas ou guetos, enfim estariam caminhando juntos na busca da Sociedade Inclusiva.
Temos pois, impreterivelmente, que pensar o lugar da Escola diante das inovações tecnológicas, abolindo as tecnofobias e tecnofilias, acreditando que estaremos combatendo o mais importante dos analfabetismo atuais: o analfabetismo digital, pois como diz Pretto: "a superação do analfabetismo da língua é um desafio para muitos países como o Brasil e, no entanto, um novo desafio já se coloca , sem a possibilidade de se esperar a solução do primeiro. A superação desse analfabetismo das imagens, da comunicação e da informação e a incorporação dessa nova razão não se darão única e exclusivamente por intermédio da Escola, mas seu papel pode ser significativo se forem desenvolvidas políticas educacionais que a valorizem, transformando-a no espaço para a formação do novo ser humano".
Mas além da vontade política de realizar a valorização da Escola e dos Educadores, tarefa urgente de todos os governos e governantes, temos de provocar uma reflexão sobre o uso indiscriminado e sem preceitos científicos de recursos tecnológicos, principalmente quando se tratar de pessoas com deficiências. As experiências com ensino usando tecnologia de ponta, computadores e softwares educacionais, mesmo nos países ditos mais desenvolvidos, demonstram, por exemplo, que o acesso dos alunos aos computadores nas escolas norte-americanas , segundo o Projeto ACOT (Apple Classrooms of Tomorrow), varia muito de acordo com classe social, raça e língua materna, lá os brancos tem mais privilégios digitais que os negros ou não-brancos, o que reforça a preocupação com a possibilidade da Internet e os recursos da Informática aplicada à Educação continuar avançando para um novo "apartheid" digital. Nesta segregação teríamos mais uma vez incluídos na exclusão os deficientes e as pessoas com necessidades especiais, principalmente se forem pobres, periféricos, populares e marginalizados, o nos levaria para a parcela dos 98% dos deficientes sem nenhuma forma de atendimento escolar ou outro no Brasil, pertencentes aos 10 % da população geral, no mínimo mais de 10 milhões de cidadãos.
Espero e desejo que o processo de universalização dos recursos tecnológicos busca a máxima ampliação dos seus beneficiados, que se incluam aí os deficientes com maior comprometimento motor, cognitivo ou os com deficits sensoriais ou verbais, enfatizando que além estarem "dentro" das escolas regulares, recebendo o básico processo de alfabetização na língua, estejam sendo respeitados em seus Direitos Humanos fundamentais, incluindo-se aí o direito à informação atualizada sobre os avanços da tecnologia e dos serviços, principalmente públicos, disponíveis para pessoas com deficiências, suas famílias e os profissionais que trabalham neste campo e o público em geral. PELO ACESSO IRRESTRITO E UNIVERSAL A TODAS AS TECNOLOGIAS QUE POSSAM LIBERTAR O ESPÍRITO E CORAÇÃO DOS HOMENS !

Bibliografia:
Andrade, Jorge Márcio P. de - Educação em Bytes (O Uso de Informática em Educação Especial) – Rio de Janeiro – Editora Casa da Ciência da UFRJ – 1997.
Andrade, Jorge Márcio P. de - A Internet como Processo de Inclusão Social de Pessoas com Deficiência – in Tecnologia em (Re) Habilitação Cognitiva (uma perspectiva multidisciplinar) – Capovilla et allii (org.) – I Congresso Brasileiro de Tecnologia e (Re) Habilitação Cognitiva - São Paulo – EDUNISC – 1998.
Bautista, Rafael (coordenação) – Necessidades Educativas Especiais – Dinalivro – Lisboa – Portugal – 1997.
Dwyer, David, Ringstaff, Cathy, Sandholtz, Judith H. – Ensinando com Tecnologia (Criando Salas de Aula Centradas nos Alunos) – Artes Médicas – Porto Alegre – RS – 1997.
German, Christiano - "On-line/Off-line – Informação e Democracia na Sociedade de Informação" – in Informação & Democracia – Ed. UERJ – Rio de Janeiro – RJ – 2000.
Litwin, Edith (organizadora) – Tecnologia Educacional (política, histórias e propostas) – Ed. Artes Médicas – Porto Alegre – RS - 1997
Pretto, Nelson de Luca – Uma Escola Com/Sem Futuro (Educação e Multimídia)-Papirus Editora – Campinas – SP - 1996
Sancho, Juana M. (organizadora) – Para uma Tecnologia Educacional – Ed. Artes Médicas – Porto Alegre – RS - 1998.

Tecnologia assistiva

"Para as pessoas, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis."
Mary Pat Radabaugh

O que é ?         Objetivos         Por que?         Categorias         Artigos         Links
Conceito
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República).
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
  • Recursos
    Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
  • Serviços
    São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.
    Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como:
  • Fisioterapia
  • Terapia ocupacional
  • Fonoaudiologia
  • Educação
  • Psicologia
  • Enfermagem
  • Medicina
  • Engenharia
  • Arquitetura
  • Design
  • Técnicos de muitas outras especialidades
Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como “Ajudas Técnicas”, “Tecnologia de Apoio“, “Tecnologia Adaptativa” e “Adaptações”.

Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
ASSISTIVE TECHNOLOGY
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology. 
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano.
Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões:
Em primeiro lugar, a palavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas.
Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos.
associativa - associative adotiva - adoptive
adutiva - adductive afetiva - affective
acusativa - accusative adjetiva - adjective
aquisitiva - aquisitive agregativa - aggregative
ativa - active assertiva - assertive
adaptativa - adaptive aplicativa - applicative
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.

As categorias abaixo, fazem parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores.
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final.
1Auxílios para a vida diária
Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.
2CAA (CSA)
Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa

Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.
3Recursos de acessibilidade ao computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com dEficiência a usarem o computador.
4Sistemas de controle
de ambiente

Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
5Projetos arquitetônicos para acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com dEficiência.
6Órteses e
próteses

Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
7Adequação Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros. 
8
Auxílios
de mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
9
Auxílios para cegos ou com visão sub-normal
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.
10Auxílios para surdos ou com déficit auditivo
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
11Adaptações em veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.
Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS)
© 1981-2009 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.


A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSOCIAL e diz respeito a avaliação e intervenção em:
  • Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA
  • Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.
  • Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais
Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade e os conceitos emitidos pela OMS - Organização Mundial da Saúde, clique em www.deb.min-edu.pt/fichdown/ensinoespecial/CIF1.pdf


1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências
Definições:
• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas).
• Estruturas do Corpo
são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes.
• Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio importante ou uma perda.
2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de Participação
Definições:
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.
• Participação é o envolvimento numa situação da vida.
• Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades.
• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
3. Fatores Contextuais
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo.
• Fatores Ambientais:
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre a
função ou estrutura do corpo do indivíduo.
• Fatores Pessoais:
São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em qualquer nível.
4. Modelos Conceituais
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram propostos vários modelos conceituais:
• Modelo Médico:
Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.
• Modelo Social:
O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.
• Abordagem Biopsicosocial:
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.